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terça-feira, 21 de junho de 2011

Os Gatos e a Literatura


Vamos falar de Gatos?
Charles Baudelaire ao fazer um poema chamado Cats demonstra afeição ao gato, animal místico em seu olhar, assim o cita. O gato é por excelência introspectivo, astuto, dinâmico, silencioso e também uma companhia. Os felinos, em geral, são adorados assim como os cães. São inúmeras raças, coloração, pelagem e histórias, superstições ou crendices a respeito do gato, em particular, ao gato preto.
A França é famosa pelos seus gatos pretos, conhecidos como “Chat Noir”, a figura de um gato preto, inspirados por Edgar Allan Poe e Baudelaire, foi a inspiração na Art Decó, o qual faz parte da cultura francesa e o nome de um cabaré famoso, chamado Chat Noir, o artista Théophile-Alexandre Steinlen estilizou em um pôster publicitário o gato negro que ainda hoje é comercializado em postais, quadros e outras lembranças de Paris.


Porém, nem sempre foi assim. A França adquiriu um hábito sinistro no século XVI, na festa de São João era costume reunir uma ou duas dúzias de gatos vivos, colocá-los em um saco numa forca e queimá-los vivos.
O misticismo em torno do gato preto já decorre do tempo dos egípcios. Eram adorados e mumificados devido a sua grande importância nesta civilização. Na mitologia egípcia o gato assume a forma de uma deusa no nascimento de Ísis e Osíris, Geb e Nut, entidades representativas da Terra e Céu, pretendiam se unir, e esse acontecimento contou com a inspiração de uma deusa felina.


Os gregos não lhe deram importância. Na Pérsia acreditava-se que ao maltratar um gato preto, o homem estaria maltratando a sim mesmo. O gato preto está relacionado a várias superstições e crenças, e associados a diferentes tipos de sortilégios.
Foi na Idade Média que o gato preto é perseguido por acreditarem que eram feiticeiras, bruxas transformadas no animal, nesse período também relacionaram que, se o gato fosse preto, o mesmo trazia azar, era diabólico e tinham relações com seres do mau.


O gato tem hábitos noturnos, vagam e habitam uma esfera mística na noite, seus olhos misteriosos e atentos sinalizam uma frieza, fitam intensivamente e furtivos o que lhes interessa. São auto-suficientes, na maioria das vezes ignoram os donos, estes o procuram para afagos e não o contrário como os cães.
Podemos dizer que o gato é um narcisista, está sempre se lambendo, limpando seus pelos, passam uma imagem elegante e longilíneos e parecem que o sabem que são belos, sutis e sofisticados. Considerados ambíguos, demonstram pensamentos secretos, sinistros e estão sempre de guarda ou à espreita. É um ser atemporal, viajante no tempo.


Foi com Charles Baudelaire e Edgar Allan Poe que readquiriram o prestígio dos tempos egípcios. Seus movimentos insinuantes e o brilho de seus olhos penetrantes na noite fazem dele uma personificação do mal com poderes sobrenaturais. Os gatos pretos, ou claros em minoria, estão associados a superstições, crenças populares, a bons ou maus presságios, à sorte, a pessoas doentes ou moribundos, à vida após a morte, toda espécie de bruxaria, tumbas e uma lista variada dentro de cada cultura.
O gato é o animal dos sentidos apuradíssimos e sempre estará nessa polaridade entre o bem ou o mal.
Por isso, vamos aqui, dar créditos aos gatos, tendo eles a personalidade que tiverem, ou tendo essa mística ou não envolto a eles e brindá-los com alguns gatos importantes da Literatura. Começamos com o gato de Alice e segue a lista.

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